sexta-feira, 2 de setembro de 2016

CARANGUEJO DE COCO E CARANGUEJO FERRADURA



O límulo (Limulus polyphemus) é um artrópode quelicerado, também conhecido como caranguejo-ferradura. Apesar do nome, esta espécie está mais próxima das aranhas e escorpiões que dos caranguejos (Crustacea) propriamente ditos. São representantes do mais antigo grupo animal, que ainda vive sobre a face da Terra, os Merostomatas. Surgiu há cerca de 400 milhões de anos.Os límulos são normalmente encontrados do Golfo do México e ao longo das costas do Atlântico Norte (Baía de Delaware), para onde comumente migram ano após ano. Durante toda a primavera esses animais sobem, aos milhares, até as praias para desovar, durante as marés altas, nas noites de lua nova e cheia. As fêmeas desovam em média 20.000 ovos por cova que cavam na areia da praia; as larvas eclodem após duas semanas. Podem atingir os 50 cm. Alimentam-se de moluscos, vermes e outros invertebrados. Seu habitat são as águas marinhas costeiras rasas, sobre fundos arenosos areia e lodosos.
Um variante japonês (Tachypleus tridentatus) pode ser encontrado em alguns mares, mas é considerada uma espécie sob risco de extinção devido à perda do habitat. Há ainda várias fazendas peixeiras onde os Límulos são criados para ser posteriormente vendidos como comida. Estes animais podem atingir até 51 cm, alimentando-se apenas de moluscos e alguns invertebrados. Em cativeiro sua dieta pode ser composta de nacos de carne, tais como pedaços de camarão e de lula (Foster and Smith, 2004). Sua boca é encontrada no centro que corresponde à área inferior do tórax. Um par de pinças que os ajuda a puxar sua comida pode ser encontrado de cada lado da boca. Tempo médio de vida entre 20 e 40 anos. Límulos possuem a rara habilidade de regenerar seus membros perdidos, de uma forma similar ao que fazem as estrelas-do-mar. Esse atributo foi recentemente provado por Sue Shaller, do Serviço Americano de Vida Selvagem. Estes animais são extremamente valiosos como espécies para a comunidade de pesquisas médicas. Desde 1964 uma substância feita através do sangue (que é azul) dos Límulos, chamada LAL (Limulus Amebocyte Lysate, em inglês) vem sendo testada contra endotoxinas bacterianas e na cura de várias doenças causadas por bactérias. Os animais podem ser devolvidos à água após a extração de uma certa quantidade de seu sangue, fazendo com que essa busca não se torne um risco à sobrevivência destes artrópodes.
A vida de um único límulo para extração sanguínea periódica pode valer até 2 500 dólares. O sangue destas criaturas é azul, o que é um resultado da alta concentração de hemocianina cuprosa em vez da hemoglobina ferrosa encontrada, por exemplo, nos humanos. O fato de os Límulos terem evoluído tão pouco ao longo desses 300 ou 400 milhões de anos é uma das razões que faz deste um animal tão diferente dos demais.Corre pouco risco de extinção, sendo usado em pesquisas cerca de 0,00001% de sua população.


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