quarta-feira, 21 de setembro de 2016

JACARÉ

Jacaré é uma denominação comum às espécies de crocodilianos da família Aligatoridae, sendo muito parecidos com os crocodilos, dos quais se distinguem pela cabeça mais curta e larga e pela presença de membranas interdigitais nos polegares das patas traseiras. Com relação à dentição, o quarto dente canino da mandíbula inferior encaixa num furo da mandíbula superior, enquanto que nos crocodilos sobressai para fora, quando tem a boca fechada. O tamanho de um jacaré pode variar de sessenta centímetros (jacaré-anão) até cinco metros e meio (jacaré-Açu), podendo pesar de três a quinhentos quilos.
Os jacarés habitam as Américas, tendo desaparecido da Europa no Plioceno. Na América do Norte, ocorre, somente, o gênero Aligator. O "jacaré" se origina do termo tupi iakaré. O termo "aligator" se origina do termo inglês aligátor. Já o termo "caimão" se origina do termo taino icaiman.
Os nativos do Novo Mundo apreciavam a carne do jacaré e utilizavam seu couro para fazer gamelas. Os ovos do jacaré eram muitos apreciados pelos índios do Amazonas e Pará, que  os consumiam durante as refeições. Ossos deste animal eram usados como ponta de zagaia, uma lança curta usada pelos Guató do Mato Grosso. 
O jacaré era um voraz predador dos peixes eventualmente presos às armadilhas montadas pelos nativos nas pescarias. O animal também estava associado à lenda do fogo, já que se acreditava que ele engolira o fogo que o deus Tupã esquecera sobre uma pedra.
Os ksédjé do Mato Grosso consumiam uma grande quantidade de jacarés. Os Timucua da Geórgia e Flórida também o faziam e os Pariana e os Kayu-vicena dos rios Tocantins e Solimões estimavam a carne do jacaré feita no moquém. Os cinta Larga de Mato Grosso e Rondônia capturavam os jácarés arrancando-os de suas tocas nos leitos dos córregos.
Quando o nativo amazônico encontrava algum jacaré dormindo parcialmente enterrado no barro aproximava-se com cautela e colocava um pé na cabeça e outro no dorso do animal. Enterrava a mão no lodo e, puxando a pata, virava o jacaré de costas. Amarrava suas patas e boca, dominando-o.
Também caçavam crocodilos e jacarés com um pedaço de pau com as pontas bem afiadas. Quando o animal estava no seco tomando sol o índio se aproximava do lado do sol e quando o animal abria a boca para atacá-lo, ele nela enfiava a mão com a estaca e ao tentar abocanhar a mão a estaca se cravava na parte superior e inferior da boca do animal. 
Na captura de crocodilo e jacaré, nativos venezuelanos utilizavam uma corda comprida de couro de peixe-boi, na qual havia um laço em uma das extremidades. Dois índios, um segurando a corda e o outro o laço, se aproximavam sem serem percebidos pelo animal que estava tomando sol. Para melhor compreensão, assista ao vídeo abaixo:


                       



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